sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Hoje eu quero sair só...

Ano novo.
Novas resoluções.
Novas mesmo??? Não.
O que é novo em mim é a minha vontade. Minha vontade de realizar é gigantesca. Não quero mudar da água pro vinho, não é nada abissal.
O que quero é atuar, tomar as rédeas da minha vida. Quero ser infinitiva esse ano. Ser, fazer, estar, sorrir, escolher, viver.


Certo que eu sempre fiz isso; com uma diferença: eu serei a minha motivação. Acho que durante algum tempo minha força motriz foram meus amigos e minha família.
A vontade deles era a minha vontade.
Hoje não, hoje eu escolho se quero ficar em casa ou sair.
Se vou só ou acompanhada.
Cerveja ou coca-cola.
Frio ou quente.

Tenho desejos antigos mas que vão se realizar de forma diferente.
E tenho novas aspirações. Inúmeros anseios.
Talvez o mais surpreendente deles seja sair só. Quero ser minha própria companhia.
Me vejo caminhando pelo shopping, deitada na canga numa manhã de sol, pegando um cineminha no fim da tarde. Eu, eu mesma e Mariana.

E eu sei de onde vem essa vontade... duas das minhas melhores amigas não estarão mais tão perto. Ana Pê e Dani. Minhas amigas, irmãs, vizinhas. My powerpuff gilrs.
Absurdamente próximas. Excessivamente queridas.

Dani vai morar em Goiânia. Vai voltar pra perto da mãe, que também é minha. Por mais que a felicidade dela esteja em Salvador, nada substitui colo, carinho e comida de mãe.
Bem... na verdade, comida é boa fora de casa também, mas nossa mãe cozinha divinamente bem! Rs!
Foi Dani quem me fez enxergar alguns dos meus grandes defeitos: minha dificuldade em partilhar, minha necessidade de espaço. Antes de ela vir morar comigo, eu desconhecia certos vícios, caretices e manias. Ela me fez ver que ainda há muito a melhorar. Embora passemos por momentos difíceis, o amor que temos nos fez superar o sabor amargo que é se decepcionar com quem se ama.
A Dani eu devo sinceras DESCULPAS que, por nunca serem ditas, continuam em dívida. Embora eu tente dizer isso em cada abraço, cada carinho e cara risada que trocamos juntas.
A Dani eu devo também o meu muitíssimo OBRIGADO. Se sou melhor hoje, ela me ajudou muito.
O destino nos separa agora, mas tenho certeza que ela volta pra Bahia, pras farras, pros negos e pros –EIROS, né amiga? (Piada interna!!!)

Ana não vai pra tão longe, mas já não estará a um lance de escadas da minha porta. A gente não vai mais poder chegar dos reggaes, sentar nas poltronas do play e conversar até de manhã. Eu não vou aparecer na casa dela de cara amassada e com as roupas que eu não saio na rua. Não vou interfonar e ficar hooooooras falando e desligar dizendo que a conta vai vir cara! Rs!
Também não vou experimentar uma roupa e descer correndo pra ela ver como ficou...
Mas tenho certeza de que a gente vai continuar se encontrando, se divertindo, se ajudando e, principalmente, se amando tanto. É bem verdade que as quintas em Lula não serão tão freqüentes quanto antes. E mesmo que elas aconteçam, haverá o desfalque de Dani. Não há como negar que o time está incompleto.
Ainda assim é certo que inventaremos maneiras diferentes de estarmos juntas e compartilhar as novidades. Vocês não sabem, mas Ana Pê é o cebolinha de saia!
Os planos dela é que são inacreditavelmente mirabolantes! Ela coloca o cebolinha, a Mônica e a turma toda no bolso!

Essas mudanças significativas me despertaram a vontade de fazer coisas sozinha. Por favor, não entendam como um culto ao isolamento.
Longe de querer me afastar dos amigos, jamais pensei algo assim.
Até porque vou querer contar a eles cada passo meu.
Cada nova descoberta.
Não tenho a pretensão de me isolar. Gosto de de casa cheia, música alta e barulho de conversa. Vou continuar querendo fazer da minha casa o ponto de encontro.


No fundo, só quero conhecer a minha solidão, descobrir, desvendar, saber que gosto tem.
Que mal tem?