domingo, 4 de outubro de 2009

E eu te pergunto... Pra quê?

Semana corrida. Niver de Ana Pê na sexta, 02/10. Engraçado como me preparo pro dia D dos meus amigos como se fosse o meu aniversário. Adoro estar junto, pensar na roupa, no cabelo, no lugar. E no presente, claro. Bom... no presente eu falhei. Fiquei tão indecisa que acabei comprando em conjunto com Marta e Larissa. Espero, de verdade, que você tenha gostado, Miguxaaaaaaaa! E estou apostando na sua teoria de que o ano par vai ser melhor!!!

Parabéns, Mulher Morena! Toda felicidade do mundoooooooo!

Ai... Tantos pensamentos... Tantas interrogações... Centenas de reticências também... Quando juntamos as meninas-twist vejo diferenças gritantes entre nós. Como vejo também a distência que há entre eu e as meninas do trabalho. E se antes eu já quis tanto fazer parte desse grupo, hoje fico feliz de não ter sido aceita. É. Não sou convidada pra sair, não sei dos paqueras, dos casinhos, dos lugares IN, da moda OUT. Como também não sei se os sorrisos são verdadeiros. Tudo me parece charme. Tipo... tudo é parte da enciclopédia das garotas legais e descoladas. Sim... eu acho que há um fascículo para cada situção.

Enquanto a música tocava alto, corri pro banheiro. Sozinha. Minha auto-análise, implacável sempre, me fez encarar a real. Aquele não é o meu mundo. Não sou do tipo simpática com todos, a garota legal que vai pra balada, bebe whisky, sabe todas as músicas mas não sabe em que cama vai dormir. Não... Não é discurso de puritana, não! Sexo casual é bom, sim! Relacionamento sem formato, também. A questão é que a vida não se resume a uma noitada com os amigos, música boa e álcool.

No dia seguinte não quero acordar pensando na próxima farra. Até porque eu acordo exausta. Nessa sexta mesmo, nem dormi. Cheguei em casa às 04h e saí às 05h pra acompanhar meu pai no hospital. Parênteses: ele está internado ainda. Passará por uma angioplastia na segunda, mas está tudo bem. Graças à Deus!!! Depois de uma noite como essa, quero sentar, contar pra Ana (e pra Dani, se ela estivesse aqui seria melhor, mas tenho contado tudo via skype! rs! Santa Tecnologia!!) tudo que vi, senti, gostei e odiei.


Meu paiaço, fica bom logo!

Quero ver João Pedro e passar o dia com ele, quero acordar cedo e ver uma comédia romântica ainda deitada, ou tomar café e voltar pra cama, ou ir à praia com meus tios e conversar. Vou dormir sem saber o que vou querer quando acordar. Sempre tenho opções. Às vezes não tenho é como me deslocar! Hahahahahahahahahahaa! Mas as garotas legais não... segundo às regras, domingo não é dia de praia. E Lula não é lugar pra elas. E nunca, nunca se desce do salto. PQP! Qual o intuito de tantos rótulos? Sempre achei que se premeditava os lugares, roupas e gestos afim de conseguir o Mr. Perfeito, porém, todas estão solteiras. Como eu! Piada???!

Minha gente, tenho descorberto as delícias de ser quem sou! Minha auto-estima colorida e mal educada agradece.

domingo, 27 de setembro de 2009

Minhas Teorias...


Movimento e repouso. Relatividade. Não estou falando de física, embora seja tão complicado entender de sentimentos quanto decifrar a cinemática. Tempos atrás, vida à plenos vapores e o coração inerte. Quietinho. Batendo sossegado, trabalhando o necessário para me manter de pé.

Parece que cansou... E, sem me perguntar se pode, decretou: eu quero alguém. A vontade de preencher esse espaço nunca foi tão intensa quanto agora. Minha carência está em doses elevadas, justo agora que a vida vai se acalmando: João Pedro está bem de saúde, eu estou mais adaptada ao novo emprego, as finanças em dia, os objetivos traçados.

Talvez essa tranquilidade momentanea tenha me feito ver o quanto eu deixei de lado o lado esquerdo do peito. É bem verdade que há uma parte deveras frequentada: a sala de estar. Graças à Deus, tenho amigos queridíssimos e excessivamente (no melhor dos sentidos) participativos. Mas, apesar da bagunça que fazemos na sala do meu core, o quarto está vazio. Há muito tempo.

Por isso comecei falar de movimento e repouso. Porque o conceito deles é elástico[;)]; depende de uma referência. E quando me coloco como referencial da minha vida, percebo como minhas mudanças são nítidas. Estampadas na minha cara, não passam despercebidas pelos que me conhecem. Percebo também a calmaria em que andou meu coraçao. E depois de tanta agitação, depois do fim da minha crisálida, ainda quero a turbulência dos bons tempos em que estava apaixonada.

E, já que mencionei o bendito referencial... Sim, tenho um ideal de como minha próxima relação deveria ser... Não por egoísmo meu, mas, juro, pela felicidade de nós dois. Faria algumas adaptações, claro. A começar, pelo formato geométrico. Nada de figuras. Uma linha basta. Linha reta, simples, tranquila. Porque os triangulos, apesar de se formarem por linhas retas, são tortos, com linhas absurdamente sinuosas.

Só aí vejo que meu referencial é estático, idependente do ponto em que eu esteja. A despeito dos meus ideais sentimentais, ainda estou em 2005.

domingo, 13 de setembro de 2009

Raio X


Por fora, bela viola.
Por dentro, pão bolorento.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Eu sou a multidão (???)

Hoje vou pedir a Vânia Abreu pra cantar pra mim:




Faz frio na cidade
Em pleno verão
O sol, sem vontade
Cai na construção
Noite em claridade
Eu e a solidão
Preso em liberdade
E os dias na escuridão



Com a alma deserta
Busco a multidão
Meu quarto me aperta
Tal a imensidão
E a cidade alerta
Nem presta atenção
Me atrai, me flerta
E me deixa na contra-mão



Sou só mais um ser comum
Sou só eu e Deus
Sou eu? Quem sou eu?
Ninguém que só quer ser alguém
Sou todo mundo
No fundo eu sou a multidão
Sou só densidade
Da cidade sem cidadão.





(Vânia Abreu - Eu sou a multidão.)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Hoje eu quero sair só...

Ano novo.
Novas resoluções.
Novas mesmo??? Não.
O que é novo em mim é a minha vontade. Minha vontade de realizar é gigantesca. Não quero mudar da água pro vinho, não é nada abissal.
O que quero é atuar, tomar as rédeas da minha vida. Quero ser infinitiva esse ano. Ser, fazer, estar, sorrir, escolher, viver.


Certo que eu sempre fiz isso; com uma diferença: eu serei a minha motivação. Acho que durante algum tempo minha força motriz foram meus amigos e minha família.
A vontade deles era a minha vontade.
Hoje não, hoje eu escolho se quero ficar em casa ou sair.
Se vou só ou acompanhada.
Cerveja ou coca-cola.
Frio ou quente.

Tenho desejos antigos mas que vão se realizar de forma diferente.
E tenho novas aspirações. Inúmeros anseios.
Talvez o mais surpreendente deles seja sair só. Quero ser minha própria companhia.
Me vejo caminhando pelo shopping, deitada na canga numa manhã de sol, pegando um cineminha no fim da tarde. Eu, eu mesma e Mariana.

E eu sei de onde vem essa vontade... duas das minhas melhores amigas não estarão mais tão perto. Ana Pê e Dani. Minhas amigas, irmãs, vizinhas. My powerpuff gilrs.
Absurdamente próximas. Excessivamente queridas.

Dani vai morar em Goiânia. Vai voltar pra perto da mãe, que também é minha. Por mais que a felicidade dela esteja em Salvador, nada substitui colo, carinho e comida de mãe.
Bem... na verdade, comida é boa fora de casa também, mas nossa mãe cozinha divinamente bem! Rs!
Foi Dani quem me fez enxergar alguns dos meus grandes defeitos: minha dificuldade em partilhar, minha necessidade de espaço. Antes de ela vir morar comigo, eu desconhecia certos vícios, caretices e manias. Ela me fez ver que ainda há muito a melhorar. Embora passemos por momentos difíceis, o amor que temos nos fez superar o sabor amargo que é se decepcionar com quem se ama.
A Dani eu devo sinceras DESCULPAS que, por nunca serem ditas, continuam em dívida. Embora eu tente dizer isso em cada abraço, cada carinho e cara risada que trocamos juntas.
A Dani eu devo também o meu muitíssimo OBRIGADO. Se sou melhor hoje, ela me ajudou muito.
O destino nos separa agora, mas tenho certeza que ela volta pra Bahia, pras farras, pros negos e pros –EIROS, né amiga? (Piada interna!!!)

Ana não vai pra tão longe, mas já não estará a um lance de escadas da minha porta. A gente não vai mais poder chegar dos reggaes, sentar nas poltronas do play e conversar até de manhã. Eu não vou aparecer na casa dela de cara amassada e com as roupas que eu não saio na rua. Não vou interfonar e ficar hooooooras falando e desligar dizendo que a conta vai vir cara! Rs!
Também não vou experimentar uma roupa e descer correndo pra ela ver como ficou...
Mas tenho certeza de que a gente vai continuar se encontrando, se divertindo, se ajudando e, principalmente, se amando tanto. É bem verdade que as quintas em Lula não serão tão freqüentes quanto antes. E mesmo que elas aconteçam, haverá o desfalque de Dani. Não há como negar que o time está incompleto.
Ainda assim é certo que inventaremos maneiras diferentes de estarmos juntas e compartilhar as novidades. Vocês não sabem, mas Ana Pê é o cebolinha de saia!
Os planos dela é que são inacreditavelmente mirabolantes! Ela coloca o cebolinha, a Mônica e a turma toda no bolso!

Essas mudanças significativas me despertaram a vontade de fazer coisas sozinha. Por favor, não entendam como um culto ao isolamento.
Longe de querer me afastar dos amigos, jamais pensei algo assim.
Até porque vou querer contar a eles cada passo meu.
Cada nova descoberta.
Não tenho a pretensão de me isolar. Gosto de de casa cheia, música alta e barulho de conversa. Vou continuar querendo fazer da minha casa o ponto de encontro.


No fundo, só quero conhecer a minha solidão, descobrir, desvendar, saber que gosto tem.
Que mal tem?