sábado, 17 de maio de 2008

A AMADA de Jorge.


Aqui na Bahia, em qualquer esquina há um traço da literatura de Jorge, em cada rua há dois ou três personagens de Jorge, o AMADO por todos.
O amado Jorge correu o mundo e numa dessas corridas conheceu [já ouvi dizer que foram apresentados por Dorival Caymmi] a fotográfa e escritora ZÉLIA, paulistana, com sobrenome GATTAI, de tradição italiana, apaixonou-se pelo baiano AMADO.
Tornou-se a AMADA de Jorge. Frutificaram em literatura, artes, amigos, filhos, momentos felizes, grandiosos e eternos [ñ poderia ser diferente para um homem que carrega no nome o AMOR].


Em 2001 as cinzas de Jorge foram espalhadas no jardim da casa do Rio Vermelho e a sua AMADA então escreveu as memórias dessa vida. A doce vida ao lado do seu amado Jorge. Hoje, Zélia Gattai deitará ao teu lado, que a eternidade seja cúmplice desse lindo amor AMADO.










*Conheci Zélia Gattai quando li "Crônica de uma namorada". Pra mim ela é um exemplo de que inteligência nada ver a ver com a arrogância ou altivez.
Tenho certeza de que Jorge já não aguentava mais ficar lá encima sem ela.





** Texto escrito por Guto Chaves e revisado por mim, claro. Rs!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Estudando.... muito!!!!


Enfim comecei a estudar... Busquei todo meu arquivo morto da faculdade, separei textos, exercícios, revi bilhetinhos, boletos, rabiscos, meu universo acadêmico. O mais legal dessa faxina é encontrar os recados. Tanta conversa paralela muda! Tanta coisa urgente pra se comentar no meio da aula de mídia... Hahahahahahahahahahaahhahahaahha!



Eu sempre fui faladeira, sempre! E na faculdade, pra não chamar atenção, escrevíamos ao invés de falar... Marília, Ivana, Aline e Taína foram as minhas principais colegas de tricô. Se eu juntar toda a fofocada do semestre dá quase uma materia do caderno! Ai, que saudade! Saudade de ter a vida corrida trabalho-faculdade-casa, de achar um tédio os textos de teoria da comunicação, de filar aula pra tagarelar no banco do pátio, de ler os textos matavilhosos de promoção, ... de tanta coisa!



Tenho a certeza de que se hoje eu optasse por fazer outra faculdade, teria uma outra postura. Embora eu tenha sido comprometida, acho que usei pouco minhas ferramentas: não debati idéias com professores, não li todos os livros que gostaria, não participei dos movimentos que achei interessante. Ah, claro que havia razões pra isso: eu precisava trabalhar. Muitas vezes tive de filar aula por conta do trabalho ou cheguei à aula esgotada que nem prestava atenção... Disso eu me arrependo.



Maaaaaaaaaaaaaaaaas, lendo os textos consigo entender que amo meu curso. Ainda não sei realmente o que quero. Penso que posso desempenhar bem vários papéis ligados à publicidade, mas qual é mesmo a minha cara? Ainda tô tentando descobrir... Vai que essa retomada dos estudos me ajuda nisso, né? Tô confiante!!!



E enquanto eu não decido, vou redescobrindo conceitos, teorias e práticas da publicidade. Tô adorando esse reencontro. De verdade! Vou voltar aos meus textos antes que esse surto passe! rs!






Até mais!!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Ócio e Perda.

Na última vez que escrevi, pensei: vou atualizar o blog pelo menos uma vez por semana. Não consegui. Às vezes acho que dá errado porque eu tenho a péssima mania de deixar pra amanhã. Sim, sou daquelas de adiar tudo. O verdadeiro modelo de brasileiro que deixa tudo pros 45 do segundo tempo.


Talvez, atualmente, eu faça isso pelo excesso de tempo livre que tenho. Vivo dizendo que todo dia pra mim é sábado. Que posso fazer tudo qualquer hora, inclusive responder por coisas de casa que antes não eram obrigações. O meu ócio não tem sido produtivo.


Eu leio menos, saio menos, me divirto menos, sou menos paciente e MAIS um monte de menos. rs! Sou mais em duas coisas: comer e dormir. Ave Maria! Se não dormir oito horas por noite, passo o dia cansada e sonolenta. E visito a geladeira toda vez que vou à cozinha.

Nesse meu marasmo, não programei nada pro feriado (novamente!) prolongado. Juntei-me a Dani e locamos uns filmes pra todos esses dias de descanso (???). Eu bem queria umas vinte comédias românticas, só pra me lembrar do quanto se pode ser feliz no amor. rs! Gosto de manter a esperança... quem sabe um dia a realidade muda, né? Mas pegamos gêneros varidos. Dos cinco filmes, indico 'Os donos da noite'. Adooooooooooooorei!!!

Antes que eu pudesse ver curtir toda minha programação cama-tv, recebi a triste notícia do falecimento de Anjinho, um amigo que o Mc Donald's me deixou de presente. Ele estava internado por conta da anemia falciforme e não resistiu a duas paradas cardíacas.




Custando a acreditar, vesti a primeira roupa que achei e fui ao velório no Jardim da Saudade. É curioso rever os amigos que se espalham por aí numa situação tão ruim quanto essa mas... c'est la vie! Chorei. Chorei. Chorei. Eu olhava o rostinho pálido dele ali e senti que ainda tínhamos tanto a viver... Lembrei das palavras dele numa das fases mais doloridas da minha vida, do conforto, do carinho, dele dizendo: "Minha Anja, vai dar tudo certo", da loucura dele encima da moto, do sonho ter uma fazenda cheia de cavalos no interior de Pernambuco...

Abraçada a Marcinho, ouvi a ceromônia batista. Muito bonita, por sinal. Totalmente diferente do formato arcaico católico. Os cânticos também eram bonitos e eu nunca tinha visto pessoas cantarem, emocionadas, no velório de alguém. No finzinho, a mãe dele chegou junto ao caixão e agradeceu por ele tê-la feito muito feliz... Foi doloroso pra mim. Que eu me lembre, esse é o primeiro grande amigo que vai morar com Papai do Céu. Espero que ele está bem lá encima.

Fica a saudade. Nós dois sabemos como somos importantes e queridos um para o outro. Fica a vontade de estar mais presente na vida de todos aqueles que aprecio. De não adiar encontros, reuniões e farras. A última vez que vi Anjinho foi em dezembro de 2007.


*Fotos de um dos nossos encontros em outubro de 2006.